Professor por vocação

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Nós...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Meu caminho pra entender os personagens...

Por Gabi Fritz



Fala galera!!
Estou às voltas com Hush Hush, ainda. A leitura tem me prendido muito, na verdade, na maioria das vezes, fico assim quando começo a ler um livro.
Para mim é um momento de descobertas, pois além de estar me acostumando com o modo de narrar do autor, eu estou conhecendo os personagens, o que comigo funciona do mesmo modo de quando conheço pessoas reais.
Cada personagem tem seu jeito, sua personalidade, seu modo de falar, de agir e de tratar as pessoas.
Não sei se é assim com todo mundo, mas parece que eles ficam muito próximos de mim, e quanto mais leio, mais parece que ficamos íntimos. Fora dos livros funciona assim , quanto mais tempo você passa com alguém, mais você o conhece, teoricamente, então, se a vida imita a arte...
Aliás, nos livros talvez conheçamos mais sobre os personagens, por que eles (ao contrário da vida real), acabam não tendo como nos esconder nada. Estou gostando muito da obra, mas não é sobre os personagens do “Sussurro” que eu vou falar hoje. Vim falar dos "meus personagens", como a Teacher diz. Ela acha que eu tenho uma relação pessoal com eles, porque falo como se eu os conhecesse pessoalmente, o que não deixa de ser verdade.
Como eu já disse, sempre fico muito próxima de cada um, e acredito que isso facilite na hora de fazer uma análise, por exemplo. É preciso entender a essência e isso nem sempre é fácil.
Com toda essa minha vontade de analisar as personalidades individuais, descobri uma obra em que eu podia “viajar” em cada um, e de certo modo, chamá-los de "meus".
“A Trajetória Inicial” _ o livro que a prof está escrevendo há um ano_ me trouxe personagens que, diferentemente da maioria das obras atuais, têm características comuns de seres humanos, atuando num contexto, tecnicamente, sobre-humano.
Ao mesmo tempo em que eles são Incomuns, acabam tendo tudo o que nós temos ou somos, apenas de forma mais aguçada.
Anne Andrews, nossa personagem principal é um exemplo disso. Ela é linda, decidida e tem algo que a difere de todos, A INTUIÇÃO. Mas que mulher não tem isso? É aí que está o ponto chave: todas temos, algumas só não percebem ou não a usam, e algumas usam menos do que as outras...
Quando comecei a ajudar na edição do livro, eu via Anne muito diferente das outras personagens, porque ela é extremamente forte psicologicamente, embora tenha uma constituição frágil. Ela não demonstra fragilidade diante de ninguém, porque sabe do que é capaz e confia em sua intuição.
Com o tempo e a evolução dos fatos, descobri que ela é como as mulheres realmente são, a diferença é que ela não assume a fragilidade e nem aceita ser fraquinha e coitada. Ela se impõe.
Bons exemplos disso também são os irmãos Stewart, que são fortes fisicamente, o que na maioria das vezes é comum aos homens, mas... eles são tecnicamente “incomuns”.
AJ é capaz de tudo para defender seus irmãos Dylan e John. Ele é o mais velho e tem como característica principal, ser um “matador” quando se trata de sua família, embora seja extremamente carinhoso.
Dylan é uma espécie de braço direito, quase tão firme quanto AJ. D consegue se comunicar com o irmão apenas com um olhar; como a gente faz quando tem muita intimidade ou muita identificação com alguém. Eles não são telepatas... São parceiros.
Apesar de achar que o mais velho é "o cara", eu tenho uma queda _ou melhor um penhasco_ pelo irmão caçula: o garoto “Johnny Boy”. Loirinho, com sorriso de covinhas e jeito de menino que traz no olhar uma sinceridade fascinante.
Há os personagens que me intrigam muito e que me dão vontade de estrangulá-los, como Pablo, o nerd de percepções incríveis que consegue chatear qualquer pessoa à sua volta. Andy, a prima-irmã Stewart, também é uma dessas, muito inteligente e perspicaz, e que, apesar de viver e morrer pela família, ela sempre me dá a impressão de estar com um pé atrás dos passos de todos.
O primeiro livro está quase no final, mas eu ainda não tive acesso aos últimos capítulos. Não sei o que vai acontecer e confesso que estou ansiosa para ver o desenrolar da história desses personagens que tanto me encantam. Só quem pode me ajudar nisso é a autora né... que tem me enrolado, deliberadamente, mas que eu sei que está tão ansiosa quanto eu pra que essa história se complete.
A gente aguarda o tempo do escritor, porque isso é essencial e faz parte!! Enquanto o destino não determina uma data específica, eu vou de Hush Hush que já está me dando pano pra manga...
E é sobre ele que eu vou falar na próxima publicação.
Até lá, galera!!

Bjo da Gabi



Gabi, talvez estudar os personagens seja a tarefa mais complexa numa análise porque requer além de sensibilidade e conhecimento técnico, perspicácia e sobretudo inteligência.
Nesse caso o tamanho da história, nao importa. Há personagens altamente engendrados, em histórias menores, como nos contos de Machado de Assis, por exemplo; e personagens de sagas cujo perfil é fácil de ser traçado.
Você define Edward Cullen como "um príncipe", Stefan como "todo-certinho", AJ como "o cara". O protagonista da "Moreninha" que vc encenou no ano passado ganhou o rosto do Felipe Matheus durante a sua análise, vc se lembra? Patch Cipriano já é "o anjinho" nas nossas apreciações pelo msn... ou seja, personagens têm alma, e isso ninguém que gosta de literatura discute. Cada uma dessas definições corresponde a um protótipo de personalidade que se define na mente da gente, quando estamos compondo o universo contextual da história, seguindo as orientações do autor, e o mais fascinante é que cada um tem uma cara diferente para cada leitor.
Alguns "characters" evoluem no enredo. Começam de um jeito e terminam tão maduros que nós quase não os reconhecemos. Como Steve Morgan, em Sweet Savage Love, da americana Rosemary Rogers.
Outros são tão lineares, que não se percebe nenhuma evolução, em momento algum.
Mas o que mais me encanta é a capacidade que alguns personagens tem de aquirir vida própria e de se tornarem maiores que a própria nistória, às vezes, como O Capitão Rodrigo, de Érico Veríssimo, e a antecessora dele, Anna Terra, meus favoritos, na literatura brasileira.
O fato é que, o mais importante vc já tem, que é a capacidade de senti-los e de visualizá-los com a sua emoção, mais do que com os olhos da mente. Isso é o que torna as histórias atraentes, eu creio.

vc sabe que falar sobre "A Trajetória" é um prazer e um desafio pra mim. Prometo que uma hora eu vou escrever sobre isso, quando eu puder conversar com você e com todo mundo, de verdade, sobre o enredo, os espaços, o tempo, os narradores e não só sobre os personagens principais da saga. Por enquanto o que eu posso adiantar é que "A Trajetória Inicial" é o primeiro dos livros, eu vou escrever todos, minha intuição me diz isso, portanto tenho certeza de que não será só um sonho.
A história está pronta em algum lugar do universo e vem nascendo aos fragmentos, não é fácil a experiência de fazer brotar o texto escrito, e depois lapidá-lo devagar, mas te confesso que, dar vida às emoções de uma história interessante tem sido um dos maiores prazeres da minha vida.
Você tem uma enorme participação nisso, porque sua sensibilidade e inteligência ajudam na edição, suas impressões prévias fazem nascer os capítulos, e quando a história chegar à prateleira da minha biblioteca, o seu nome vai estar gravado lá também.
AJ é um prazer pra mim, Dylan me diverte e completa um panorama complexo de aventura,(principalmente na segunda história), Anne reflete o que eu gostaria que toda mulher visse em si mesma, como vc disse, Andy e Pablo dão um ponto de transgressão, Christian é o meu maior desafio porque eu o amo de um jeito meio adúltero, e os que vc ainda não conhece, vão criar um nó na sua kbça...
Johnny Boy deve pensar em você com carinho, certamente, porque tem muita coisa da sua percepção no sorriso e nos gestos dele.

A gnt volta a falar sobre isso, em breve.








Bj pra todo mundo.

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