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terça-feira, 15 de junho de 2010

Versos líricos e satíricos de Gregório de Mattos - Falando a respeito

O comentário abaixo é uma espécie de prefácio de um estudo realizado, que compara a poesia lírica e satírica de Gregório de Matos e o estilo marcante de Tobias Barreto. Ler e análisar, não custam nada, até porque, você deve estar aqui pra isso , mas tenha calma ao tirar suas conclusões. Os textos são apenas como bússolas: mostram para onde devemos ir.


O estudo do tema Os versos satíricos de Gregório de Matos e Tobias Barreto: Uma visão da sátira no Barroco e no Realismo tem como objetivo mostrar a sátira mediante o ponto de vista de Gregório de Matos Guerra e Tobias Barreto, como também as influências sofridas por eles, o foco de suas poesias, quem são os elementos inspiradores deste tipo de verso e mostrar um pouco do percurso da sátira de Roma ao século XIX. Tendo como principais referenciais teóricos A sátira e o engenho, de Adolfo Hansen e Dias e noites de Luiz Antonio Barreto, utilizando o primeiro para fazer um estudo diacrônico da sátira e o segundo como fonte de poesias para fazer uma comparação com versos de Gregório de Matos para verificarmos a existência ou não de similaridade.

OS VERSOS SATÍRICOS DE GREGÓRIO DE MATOS E TOBIAS BARRETO: UMA VISÃO DA SÁTIRA NO BARROCO E NO REALISMO.

Duas escolas distintas, o Barroco e o Realismo estão presentes na obra de Tobias Barreto de Meneses e Gregório de Matos e Guerra sucessivamente. Este, filho da fidalguia portuguesa, aquele filho de um alferes da Vila de Campos em Sergipe. O estudo deste tema Os versos satíricos em Gregório de Matos e Tobias Barreto tem como objetivo analisar a produção literária talhada no Nordeste no período Colonial, em Gregório de Matos, e no Império, por Tobias Barreto, fazendo uma analogia entre os versos para que se perceba até que ponto há uma similaridade e/ou distinção poética entre os dois pólos.

Serão analisados os contextos históricos dos dois momentos, o século XVII que foi marcado pela Escola Literária Barroca e o século XIX com o Realismo-Naturalismo. O estudo será desenvolvido através dos métodos dialético e comparativo, apoiando-se em pesquisa bibliográfica em livros, Internet e periódicos com o propósito de endossar o pensamento de Silvio Romero, quando se refere a Tobias Barreto como sendo o Gregório de Matos pernambucano. Far-se-á também um levantamento das influências intelectuais sofridas pelos dois satíricos e, em seguida, uma conclusão acerca do que foi apresentado.

Este estudo se justifica pelo fato das universidades pública e privada no nosso Estado não valorizarem escritores locais, o que denuncia um certo descaso nesse sentido. No caso de Tobias Barreto não encontramos nenhuma catalogação de monografias e trabalhos científicos no ramo das Letras, sem contar com a dificuldade de se encontrar material acerca deste autor sergipano, Patrono da Cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras, jurista, filósofo, ensaísta, crítico. Dentre outras funções exercidas ao longo de sua existência, abraça também a causa abolicionista e a Proclamação da República com o seu ideário de liberdade. No outro lado encontramos Gregório de Matos considerado o precursor da literatura extremamente brasileira, com suas críticas ferrenhas à sociedade baiana do século XVII. Portanto, o primeiro passo para a análise dos versos é contextualizarmos historicamente as duas épocas para que entendamos a analogia que será feita adiante.

A estética barroca surge no momento em que a Companhia de Jesus em nome da luta pela Contra-Reforma é favorecida pela unificação da Península Ibérica permanecendo como reduto da cultura medieval, enquanto a Europa vive uma efervescência no campo científico influenciada por Francis Bacon, Galileu, Kepler e Newton. A Espanha foi o principal foco irradiador desse estilo literário. No contexto brasileiro, o Barroco surge concomitantemente com a presença cada vez mais forte do comércio, das modificações que aconteceram no Nordeste por conta das Invasões Holandesas, com o apogeu e o declínio do cultivo da cana-de-açúcar. Nesse frenesi de acontecimentos nasce na Bahia, "o Boca do Inferno" que, após formar-se em Direito na cidade de Coimbra, retorna à cidade natal onde divulga suas sátiras, mas ao chegar no Brasil escreve também a poesia religiosa e a lírica. Durante a época que viveu na Europa sofre a forte influência dos espanhóis Luis de Gôngora e Quevedo. Estes responsáveis pelos dois estilos literários do Barroco, o Cultismo e o Conceptismo respectivamente. Um marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, racionalista utilizando uma retórica aprimorada, é também chamado de Quevedismo. O outro é caracterizado pela linguagem culta chegando a ser extravagante, valorizando o pormenor mediante o jogo de palavras, o Gongorismo. Dentro deste cerne, o homem seiscentista para evadir-se das tensões cultua exageradamente a forma fazendo uso freqüente das figuras de linguagem como a metáfora, a antítese, a hipérbole e a alegoria, fazendo com que a poesia da época fique sobrecarregada de conotação. Evidenciando assim na Europa uma espécie de efervescência literária em torno desta escola surgindo várias denominações, Gongorismo (Espanha), Marinismo (Itália), Eufuísmo (Inglaterra), Preciosismo (França) e Silesianismo (Alemanha).

Já a estética Realista surge em oposição ao Romantismo que até então estava em voga, analisando fortemente o caráter humano e o c
Fonte(s):
http://www.webartigos.com/articles/1746/…

* 6 meses atrás

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